Camisa de Força

Garapa
grilhões
chibatas
moer a cana
moinhos ventos
esperar o tempo
Pêndulo

aflora madrigais de outrora
quem chora
reconheceu tormentos
lascada a branca casca dentro há veneno

descer
cair
tropeçar
saltar
retroceder
recomeçar

sorver-se
esquecer o ferro quente
na carne latente presente

mais que a noite o escuro ser
interior procura amanhecer


tempo
o vento voltou

seria meu tempo

o vento
a pá
do moinho quebrou







 
Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 06/07/2016
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