Incessante Busca
Busco a tranqüilidade ansiosa,
O amor sem razão.
Busco o olhar intenso, impenetrável.
O rosto singular na multidão.
Busco a beleza apolínea do ser que espera
A alegria da revoada de pássaros.
Sobretudo, busco a mim...
No âmago do meu ser
Onde caminho no desconhecido
Trazendo surpresas e encantamentos
Como doce estalar de sentidos.
Não quero a paz que traz solidão,
Nem quero o movimento contínuo de pernas.
Quero sim, a lentidão diafragmal,
Arfando até a paixão dos insensatos
Que buscam em si, a loucura do desejo.