Viver é um eterno fugir.
Eu corro.
Me mudo.
Invento piadas.
E as boas são as que mais doem.
Me bagunço.
E, por vezes, me "caio".
Mas nunca em mim.
Numa ultrajante viagem que não cessa.
Caio em mim, fora de mim.
E ainda que houvessem anjos.
Não posso.
E embora um só me ajustasse,
Fujo.
Me arrebento.
Me dano.
Numa sandice que não faz sentido.
Num bagunçar de fechar os olhos.