VESTÍGIOS DO DIA-A-DIA.
VESTÍGIOS DO DIA-A-DIA.
Nos vestígios do dia, vesti-me de poeira santa
No cotidiano a morte nunca morre demais
Era noite e a terra vomitava seus deuses
Tráfego, tráfico e a justiça que o crime janta;
A fauna do poder tem um vórtice com credenciais
É onde a confiança se aclimou em dar adeuses.
Cleptomâno, o homem é transformado em homicida
O direito de defesa é amparado pela realidade
O humanitarismo exilou a caridade
Pôs-lha num baú de lembrança suicida
Na procissão de lágrimas, pérolas de caixão
Que o deixou órfão, sem perpetrar a fecundação
Epicédios vítimas de uma lápide sem missa sétimas.
Estava lá, puro de pecado o orgulho feérico
Deitado nos vestígios do dia em condições péssimas
Ambulante da vida em proposital amor genérico
Nas cinzas do dia, que enterram nossas majestades
No sol da noite, para couraçar, as nossas felicidades.
Toda liberdade tem seus senhores
São caçadores de recompensa em busca de penitência
Sãos e com porte de armas da ganância.
A imprescindibilidade quando ejetada dos bastidores
Tem a coragem de cometer atos de inteligência
E salvam-te com a vida,... Dessa existência sem importância.
CHICO DE ARRUDA.