ETILISTA CRÔNICO
 
 
Não acho a solidão
A melhor das companhias
Mas prefiro ficar só, ante a hipocrisia
Do amor infundado
 
Afundado num sofá
Sinto que
No fundo do último copo
Finda a minha solidão
 
Que amanhã
Junto à minha lucidez
Há de retornar
Talvez até mais severa 
 
E verá um poeta
À beira do etilismo crônico
 
 
S. Paulo, 03/12/2015
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