SILÊNCIO CEMITERIAL

De joelhos dirige-se o homem ao outro,

Pede emprestado,

Chora, lamenta e rebola no gramado

Mas na hora de prestar contas, o homem

Evoca o silêncio cemiterial

Matando por dentro quem o emprestou

Deus nos acuda!

Ó homem, porque evocas tal silêncio

Se na hora de pedires, um tremendo ruído evocaste?

Mau vício!

Os que (re)abriram mão perderam amigos,

Os que (re)abriram mão ganharam inimigos

Triste facto!

No princípio, ruído (olhar acolhedor)

No final, silêncio cemiterial (olhar ofegante )

Um olhar pérfido (olhar de pouca gente)

Porquê?

07.01-2016