AZIMUTE
A esperança, a única, é verde pousada na parde com suas seis patas,
O único céu que vejo é o da abóboda palatina nos gritos das salas,
A lua era vista pelo burano no feltro onde o feixe de luz passava, até a hora de recolher,
Estrelas, pirilampos na extrema escuridão,
Piscar de olhos, uma disrupção nervosa,
Sorrisos de galerias sem portais,
Corações, apenas uma bomba de sangue,
Lenitivos, que amanhã será um início senão conhermos o fim,
Sexo, apenas uma visão dantesca dos que tomam banho no labirinto,
o alívio, na linha do horizonte,
Encontrar-se com a morte.