Alucinação

E pelos corredores frios vaguei solitária

Observei as paredes manchadas de dor

Rasguei meu coração por aquela sensação ordinária

Respinguei as paredes de vermelho com esplendor

E aos que me cercavam manchei com meu sangue impuro

Desprezei toda forma de afeto

E tratei com frieza, quem por amor comigo foi duro

O tiro que dei o atingiu direto

E os outros seguintes foram sem pensar

Só sentia o recuo da arma em minhas mãos

E vislumbrei o quanto eu era louca e podia matar

Vi os corpos desfalecendo

Vi o que poderia fazer se continuasse

Não desisti e mantive a arma erguida, vi todos morrendo

E a cada tiro parte de mim gritava por ajuda

Percebe que estou louca e sem percepção

Estou alucinada

Não sinto nada no coração

A vontade de matar

Não posso conter os tiros a sair

A cada corpo a desabar

Sinto minha humanidade fugir

Me levanto e caminho em meio aos corpos sem vida

De joelhos me deixo desabar, com peso da culpa em minha mente

Sã iniciei isso, e agora louca termino a corrida

Olho o quanto fiz mal, eu matei toda essa gente

Fecho os olhos desejando que aquilo acabasse

Não sei o porque, só sei que matei

Antes que tudo ao meu redor desabasse

Abri os olhos, do pesadelo acordei.

(Quando minha mente pensa em brincar de Kevin, ninguém escapa)

Olinda
Enviado por Olinda em 30/03/2016
Reeditado em 30/03/2016
Código do texto: T5590131
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