Realidade e fantasia
 
Fosse o poeta, um biógrafo
De suas próprias fantasias
A visão de si um estereótipo
De sonhos e alegorias
 
Fosse esse ser mais exótico
Do que crê na realidade
Porém esta, um sacerdócio
Que alimenta a identidade
 
Fossem as hipóteses, fatos
Formulados por delírios
Que emergiram dos atos
Dos tratos que lhe impingiram
 
Estaria explicado
O inexplicável mistério
O endurecer das lavas
No chão real do critério
 
Sobre o qual pisamos firmes
Duvidando do submerso
Vermes céticos discutíveis
Na crosta negada emersa