lunático

Em que instante vinhetes até mim, ó lua?

Por que válvula de esperanças me coincides essa dança?

Uni-te ao sol, ele vale mais que minhas palavras,

uni-te ao vento, ele voa mesmo sem bater asas,

cante solitariamente celeumas e bocejos astrais,

incline-se ao mar para seu infinito fisgar,

corteja uma estrela, chame-a para nadar,

embeleze as almas das noites tristes

e escureça a visão dos nossos males,

Ouça as orações que fazem pra ti,

ó beleza de demasias, ó dona da imaginação,

ó encantos em alegrias, ó sorte de toda uma multidão!

Vejam homens, vejam a lua, e declarem versos de emoção,

vejam irmãos, para vos descrevo aqui, por quem sinto minha maior paixão;

Em que instantes vinhetes até mim, ó lua?

Kaio Supras
Enviado por Kaio Supras em 13/03/2016
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