lunático
Em que instante vinhetes até mim, ó lua?
Por que válvula de esperanças me coincides essa dança?
Uni-te ao sol, ele vale mais que minhas palavras,
uni-te ao vento, ele voa mesmo sem bater asas,
cante solitariamente celeumas e bocejos astrais,
incline-se ao mar para seu infinito fisgar,
corteja uma estrela, chame-a para nadar,
embeleze as almas das noites tristes
e escureça a visão dos nossos males,
Ouça as orações que fazem pra ti,
ó beleza de demasias, ó dona da imaginação,
ó encantos em alegrias, ó sorte de toda uma multidão!
Vejam homens, vejam a lua, e declarem versos de emoção,
vejam irmãos, para vos descrevo aqui, por quem sinto minha maior paixão;
Em que instantes vinhetes até mim, ó lua?