Fonopoesia Nas Dobras da Madrugada

Cada letra incompreendida ao entendimento de quem leu
era o ensaio para esse ato da vida...
Falar muito dizendo nada
e acreditem, desonero o léxico esmerado de minha língua...
Mas posso usar para racontar de 

forma afetada a sana sanidade que nem os loucos cônscios poderiam supor...

-Do que fala o poeta?

Do que os largos passos não faz olvidar...
Da chama que nada pode apagar
No pravo pode ser sanha...
E no caritativo um puro amar!

-Finalmente uma rima!

Duas então, em quem tem a estrela a vontade fagueira de tudo mudar...

Um entrelaçado de desejos nobres
mergulhado em charco bem condimentado... Um bom prato para os utópicos, eu diria, mas como sou o sonho e o sonhador... Eu digo: Desci tão fundo que achei o amor!

O homem, sedento e tolo, mergulha no idear da satisfação, mas algumas delas depende de mergulhos subsequentes ... Mas não há água nesse rio... Tantas são as quedas que...
O sonhador torna-se mais leve que o ar, ganha asas e não demora é um suicida a voar...
Não se aproxima, nada diz, somente se deixa levar pelo vácuo quente da brisa... Seja obscuro e os olhos ignorantes são atraídos...

Mas o sonhador já não percebe... A segurança dos ares é poderosa amante... Na terra é solidão, na arte é paz!

Vai fundo, mais fundo, cada vez mais fundo... Pensa que está subindo... Mas está descendo... Está caindo... Onde?

Nas palmas das mãos de quem sabe voar, mas estava na terra a caçar...

-Do que falas?

Nada, apenas que na Nova Zelândia Adão e Eva poderiam povoar os céus com sua descendência
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 29/02/2016
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