Floresta iluminada
 
Estou condenado à doce e odiosa mentira piedosa
Optando entre o inverso extremo da verdade e ela
Suave veneno que impregna, altera e desintegra
 
Estou alijado do éden das purezas
Cujo princípio básico é me impingir ser eu mesmo
Responsável pelos sentimentos que me fazem presa
 
Sou dividido em caça e caçador
Sob os olhos vegetais da floresta em que me escondo
Que sussurra a consciência que perdi lhe explorando
 
Enquanto pratico a auto antropofagia
Plateia do espetáculo inócuo, ela me vigia
Sabendo-se isenta de ser causa da minha agonia