VENENO...
A escorrer pela testa o suor frio...
O corpo, à altíssima temperatura...
Será (Deus) que assim morro (desconfio);
ou será que ainda há tempo pra minha cura?...
--------------------------------------------------------------------------------
O raciocínio já me deixa a mente; vazio
o pensamento; de mim toma conta a loucura!...
O sangue impuro, a minha vida por um fio!...
Onde o antídoto para tirar-me desta tortura?...
------------------------------------------------------------------------------------
A tua lembrança é que me torna doentio;
tu és o mal que torna minha saúde impura;
porém teu sangue, injeta em mim qué é tão pleno
---------------------------------------------------------------------------------
de um mal necessário; e antes que seja tardio,
com os dentes crava-me a pele, perfura;
porque veneno, se combate com veneno!...
--------------------------------------------------------------------------------
(GERALDO COELHO ZACARIAS)