VENENO...

A escorrer pela testa o suor frio...

O corpo, à altíssima temperatura...

Será (Deus) que assim morro (desconfio);

ou será que ainda há tempo pra minha cura?...

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O raciocínio já me deixa a mente; vazio

o pensamento; de mim toma conta a loucura!...

O sangue impuro, a minha vida por um fio!...

Onde o antídoto para tirar-me desta tortura?...

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A tua lembrança é que me torna doentio;

tu és o mal que torna minha saúde impura;

porém teu sangue, injeta em mim qué é tão pleno

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de um mal necessário; e antes que seja tardio,

com os dentes crava-me a pele, perfura;

porque veneno, se combate com veneno!...

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(GERALDO COELHO ZACARIAS)

Coelho Zacarias
Enviado por Coelho Zacarias em 15/02/2016
Código do texto: T5544647
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