Como tudo que perde a vez ...
Não fiz pegadas no chão do destino
Poderia eu ter asas como os anjos?
Poderia imaginar-me caindo sem rumo?
Se caísse, iria para minha perdição
Rodopiaria bem forte
Uma lembrança teria sufocado meu interior
Sem teus encantos a guiar-me
Sem teus braços como porto na queda
Rasantes estorricaria as estrelas com fulgor
Estando perdida e sem destino aparente
Mas sem tempo para voltar a origem
Pois nossos olhares cruzaram-se por uma fração de segundo
Sinto morrer os minutos em uma constante espiral
E sem sintonia e sem forma alguma me perdi
Como tudo que perde a vez e não volta mais.