A GUERRA

Na silente alcova, em plena terra

Deita-se, alta noite ali medita

No ontem, no hoje... sempre cogita

Até que pensamentos lhe declaram guerra.

Não guerra fria que se passa, mas quente.

Inimigo encefálico, não o percebe,

Mas fortes açoites sente esse inerme,

E no coração uma dor pungente.

Dura-se, bem tarde vai o conflito,

Horas se passam de batalha horrenda

E no peito jaz um profundo corte.

Esforça-se para se erguer aflito

Da trincheira escura, da ânsia extrema,

Dos sôfregos suspiros que prenunciam a morte.

Daniel Pereira S
Enviado por Daniel Pereira S em 26/01/2016
Código do texto: T5523446
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