Ardendo

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Ardendo

(Em parceria com meu irmão-poeta Tony Bahia)

O fogo que de mim brota,

devora,

em chamas, as labaredas

do que agora desejo:

você.

Sozinho,

sentindo a sombra

do seu carinho,

arrepio minha vaidade,

crivando-me

de maus pensamentos.

Duelando,

formando massas corporais,

apagaria todo o seu fogo,

inspirado em belas paisagens

- Visões do desatino da minha audácia.

Num pendular e frenético frenesi;

no vai e vem dos sentidos,

sentindo e auscultando,

eu me entregaria ao seu corpo,

- Em forma de conchinha.

Como ser-fogo e fogoso,

secarei, uma a uma, suas gotas...

Sem discrição, perdido no tempo.

Seria noite?

Estaríamos ao sabor da manhã?

Em nossa entrega, invulgar,

o sol se poria no horizonte,

- Aporia das manifestações humanas.

Olharíamos através dos montes.

Surgia nossa Poesia...

No céu,

entre estrelas e nuvens,

nós nos encobriríamos

com o imaculado véu

- Limite infinito da infinitude

carnal

do nosso encontro.

Nijair Araújo Pinto

Iguatu-CE, 7 de janeiro de 2016.

12h39min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 07/01/2016
Reeditado em 18/01/2019
Código do texto: T5503293
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