Comum(mente)
 
Desculpem-me os introvertidos
Os sucintos, minimalistas, introspectivos
Os que não são nada inventivos
Indispostos, egoístas de mantras repetitivos
 
Aos homens de poucas palavras
Mas, o esforço nos retornos
Mais sinceros e construtivos
Requerem mais do que cravas
 
Talvez a intenção seja essa
Tentar passar a impressão
Que dá alguma atenção
Mesmo estando com pressa
 
Quem sabe alguma réplica
Para as fileiras estatísticas
Que, confesso, tem sua mística
Não finjo que não interessa
 
Porém, o afago no ego
Há de ser mais convincente
Verso é filho a que me apego
Ao seu, trato diferente
 
Acredite, eu não copio
Ponho no colo, não colo
Até porque aprecio
Do contrário, eu nem exploro
 
Estou longe dos primores
Como já escrevi antes
Por isso os interiores
Das almas me é cativante
 
Se por acaso um descaso
Fortuito eu cometer
Cobrem de mim que eu pago
Se achar por merecer