No lixão
A lama das paixões fazendo a verdade baça,
Sob a camuflagem, corruptos deitam e rolam;
Enquanto sua fétida caravana por nós passa,
Outros insanos pegam inocentes e degolam...
As altas tribunas entregues a seres mui rasos,
Ofertam as “luzes” meio, canonizando estrume;
Aquilatam como semelhantes os distintos casos,
Razão hiberna, pois, por nada buscam seu lume...
O imbecilizante distribuído se mostrou eficiente,
Aí, a diatribe emasculada não fecunda ninguém;
Antes, medra a patranha que parece conveniente,
Para rotular ao alvitre, a postura que não convém...
Os valores de antanho que erram após o esbulho,
Perdem o sono e vertem lágrimas sobre a fronha;
Na sala contígua dão assento de honra ao orgulho,
E expulsam da reunião, a contrita e inútil vergonha...
Acertavam os sábios desconsiderando às multidões,
Sapiência é das nuvens esparsas que a dita chove;
“palestras” de safados avaliam em muitos milhões,
à fala veraz, não cabe nem, um e noventa e nove...
Tô doido de pedra, sairei por aí estocando vento,
E vou direcionar meu furacão ao caule da mentira;
O Estado Islâmico não me achou até o momento,
Mas, se me tirarem a cabeça, o pensamento respira...
Assim rasteja a humanidade feliz qual pinto no lixo,
Penso que ainda caminho, pois, vejo os rastros meus;
Darwin, o finado, deve muitas desculpas aos bichos,
E nós outros devemos prestar contas diante de Deus...