A LIBERDADE SEGUNDO Nietszche

Desejo enorme, vil, de LIBERDADE,

contra todos os sistemas,

contra todas as limitações,

os vernizes de civilidade;

LIBER, LIBERTAS, LIBERDADE,

MIL VEZES, MIL...

Contra todas as convenções, rapapés e submissões;

Teus cães ladram em teus porões;

Eles querem vir à luz,

Mas tu abaixas tua cabeça;

reverencias a quem não merece!

Coisas novas tu queres,

Mas convenção brada a sociedade;

Coisas bolorentas, mais velhas que andar pra frente.

"Livre de quê?"- tu dizes,

Mas "livre para quê"-diz Nietszche.

Ainda não és livre; provavelmente nunca serás,

Mas podes dançar em cadeias; é tudo que nos resta!

Ainda não sabes o que é LIBERDADE, mas sonhas com ela,

E ouves os seus ecos;

Não podemos ser livres, mas temos nossa alegria;

Não podemos fazer o que queremos, mas temos a zombaria,

A troça; a ironia é um simulacro de poder e liberdade;

Sonhando, ainda danças a música poderosa,

A qual te dará um quê do que seria a LIBERDADE,

MIL VEZES MIL!