Rubra Viagem
Rubra Viagem
Viajando de Dionísio a Baco
Flutuando de Grécia a Roma
Trago de vinho, fumaça de tabaco
E meu corpo jaz em coma
Minha essência tocada
Mãos profanas pedem prudência
Línguas passeiam desesperadas
Sob a aura de falsa inocência
Nus, Deuses e ninfas caminham
Desfalecido estou sobre a parra
Bebem e gargalham e agonizam
E minha alma presa nestas amarras
Alucinado, ébrio em vermelha banheira
Bacantes banham meu ser em vinho
Prendem-me novamente à parreira
Então percebo minha mente em torvelinho
Recobro meus parcos sentidos
Relembrando da deliciosa sensação
Profano, em sonho sou ser pervertido
Abro outra garrafa, vinho e minha perdição
Eduardo Benetti