LIMITADA CONDIÇÃO DE SER
Desesperadamente, loucamente,
Se sente um sustentáculo,
Da imensurável dor,
Desafia o normal, o absurdo,
Se revolta contra tudo,
Até mesmo, contra o criador,
Atravessa a madrugada,
Com a alma rasgada,
Exposta à perdição,
Gestos desconexos, tensos vocábulos,
Desejo de abrir a vastidão.
Mas, nada disso resolve,
Nada comove,
Os anjos de plantão,
Nenhuma brisa acaricia suas cãs,
Logo se rende despedaçada,
Cansada da batalha vã,
Afinal, de que vale essa luta inglória,
Essa lúcida loucura,
Esses sobrepores das rasuras,
Nos meandros da sua história?
Vale sim, a limitada condição de ser,
De se ajeitar nas dores da vida,
Conviver com as feridas,
...E humildemente, agradecer.
Desesperadamente, loucamente,
Se sente um sustentáculo,
Da imensurável dor,
Desafia o normal, o absurdo,
Se revolta contra tudo,
Até mesmo, contra o criador,
Atravessa a madrugada,
Com a alma rasgada,
Exposta à perdição,
Gestos desconexos, tensos vocábulos,
Desejo de abrir a vastidão.
Mas, nada disso resolve,
Nada comove,
Os anjos de plantão,
Nenhuma brisa acaricia suas cãs,
Logo se rende despedaçada,
Cansada da batalha vã,
Afinal, de que vale essa luta inglória,
Essa lúcida loucura,
Esses sobrepores das rasuras,
Nos meandros da sua história?
Vale sim, a limitada condição de ser,
De se ajeitar nas dores da vida,
Conviver com as feridas,
...E humildemente, agradecer.