LOBOS E DRAGÕES
 
QUANDO ME SINTO CANSADA 
DESNUDO A ALMA, PEREGRINO SOLITÁRIA
SOB UM CÉU ESCURO DE DENSAS NUVENS
CAMINHO DE ENCONTRO À TEMPESTADE

TEMEROSA E PÁLIDA, BOM SERIA SE EU TIVESSE UMA ESPADA
SOERGUÊ-LA-IA AO ESPAÇO E  COMO FLECHES DE RAIOS DESTEMIDOS, ROMPERIA MEUS TEMORES COM UM SÓ GOLPE “DE SORTE”.

FILOSOFANDO AS MÁGOAS E SECANDO AS LAGRIMAS
VOU INDO, A ERMO, SEM ENDEREÇO, NO TEMPO VAZIO
TAL QUAL SE ENCONTRA MEU SER, DESILUDIDA, SEM ADORNO OU ADEREÇOS.
 
A TEMPESTADE VERTE-SE EM AGUACEIRO, EMPAPANDO MINHAS ENTRANHAS, SENTO-ME AO SOLO E CHORO, SEM DECORO
DEIXO QUE A CHUVA ME BANHE, ME LIMPE, ME ACALMA
AOS POUCOS TUDO VAI SERENANDO, DISSIPANDO AS TORMENTAS.

É O FIM DOS LOBOS E DRAGÕES, OS MATEI A TODOS
CANSADA DA BATALHA, REGRESSO A CASA.
 

_________________
ERIEM FERRARA


 
Eriem Ferrara
Enviado por Eriem Ferrara em 27/09/2015
Reeditado em 27/09/2015
Código do texto: T5396503
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.