LOBOS E DRAGÕES
QUANDO ME SINTO CANSADA
DESNUDO A ALMA, PEREGRINO SOLITÁRIA
SOB UM CÉU ESCURO DE DENSAS NUVENS
CAMINHO DE ENCONTRO À TEMPESTADE
TEMEROSA E PÁLIDA, BOM SERIA SE EU TIVESSE UMA ESPADA
SOERGUÊ-LA-IA AO ESPAÇO E COMO FLECHES DE RAIOS DESTEMIDOS, ROMPERIA MEUS TEMORES COM UM SÓ GOLPE “DE SORTE”.
FILOSOFANDO AS MÁGOAS E SECANDO AS LAGRIMAS
VOU INDO, A ERMO, SEM ENDEREÇO, NO TEMPO VAZIO
TAL QUAL SE ENCONTRA MEU SER, DESILUDIDA, SEM ADORNO OU ADEREÇOS.
A TEMPESTADE VERTE-SE EM AGUACEIRO, EMPAPANDO MINHAS ENTRANHAS, SENTO-ME AO SOLO E CHORO, SEM DECORO
DEIXO QUE A CHUVA ME BANHE, ME LIMPE, ME ACALMA
AOS POUCOS TUDO VAI SERENANDO, DISSIPANDO AS TORMENTAS.
É O FIM DOS LOBOS E DRAGÕES, OS MATEI A TODOS
CANSADA DA BATALHA, REGRESSO A CASA.
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ERIEM FERRARA