"O insano e a insônia"
“O insano e a insônia”
Quando a maioria adormece,
Inicia-se a tormenta;
Uma alma padece,
E sem sono, lamenta...
Vagando acordado,
Pelos cômodos da casa;
Fantasma encarnado,
Pensamentos em brasa...
Chama que arde,
Compulsão e agonias;
Anoitece, é tarde,
Fome de poesias,
Não abro a geladeira,
Mas quero sopa de letrinhas;
A criatividade, sorrateira,
Encorpa as primeiras linhas...
Os dedos digitam,
Latejante inspiração;
Os versos saltitam,
Tal qual o coração...
Coração de poeta,
Insano, descompassado;
Mente inquieta;
A insônia, ao lado...
O sono hipnotiza,
Após o verso derradeiro;
Quando o poema se concretiza;
Bem-vindo, travesseiro!
* O Eldoradense