Sobrevivendo...
O tempo passou, e levou o mar e o céu...
Deixou a terra árida, que o vento embalou,
Ficou sem peso, poeira e um carrossel;
Lembranças que poeta com pesar retratou.
Quem dera de silêncio sobrevivesse o papel,
E a alvura fosse lida, em alto e bom som;
Tudo se completasse, sem cores tom pastel;
Fosse a inspiração, por vezes sem e até com...
Sem nexo, sem sentido, sem razão, e com motivo,
Sem lágrimas, sem palavras, sem sombras;
Com sorrisos, com abraços, com amor, com alívio,
Com sinceridade, com amizade, e sem sobras.
Sem restos de um tempo que não volta, passado,
É nomeado, hoje um emaranhado, um sonho revelado;
Uma mistura de versos, um acaso, poesia reprimida,
Tímida, indefinida, carcomida, esquecida, e sentida.