Lado Oculto
Estou indo assim,
Meio a margem da Lei
Mei sei lá, nem sei.
Mei assim...
Ao som de Amused To Death,
Fico na minha e niguém comigo mexe.
Muitas vezes é assim,
Eu vejo todos e ninguém vê a mim.
É uma parada meio loka,
Aqui não é necessário beijo na boca
Pra outros quererem te pegar,
Basta somente você olhar.
As mina assim
Tá muito vulgar
Sepá que aquela ali
Tá afim de me dá.
É sempre o mesmo pensamento,
É como se eu fosse um Detento.
Um detento numa prisão domiciliar
Que de mim mesmo não consigo me livrar.
Todos a minha volta
Me olham sempre com cara torta.
Na verdade, eu que sou paranóico
Vejo coisas que de nada tem a ver, é tudo ilusório.
Tenho pensamentos complexos
Que a mim fazem bem
Enquanto aqueles que não tem
Me vêem do avesso.
É uma parada meio sinistra
Um poeta simplista
Que complica enquanto está a viver
E simplifica tudo quando está a escrever.
Há quanto tempo que não paro somente para escrever?
Quantas coisas será que guardei sem querer...
Eu não gosto de falar de mim mas,
Adoro revelar muitas coisas em mim...
Pelo menos, quando estou a escrever
Porque falo muito bem o que pessoalmente não consigo dizer.
Todas as minhas manias
E todas essas gírias
Que envolvem um Luís que muitos não irão conhecer
pelo simples medo que tenho de me expor para vocês.
Este sou eu,
Um poeta simples e ateu,
No vulgo modo de dizer
Porque nem mesmo eu sei quem estou a ser...
É algo muito além
Da compreensão de alguém.
De que adiantará em um psicólogo passar?
Se tudo o que ele conseguirá
É ter alguém para estudar...
Estou além da compreensão
De toda e qualquer imensidão.
Estou muito além do que imaginava estar,
Prova disso? Nem mesmo eu sei o que de mim será...
Nos próximos dois minutos...
Tenho medo do meu lado oculto...
Qualquer coisa, é um risco absoluto...