Sem destino!
Aos enganos da ilusão, cheguei!
Dos escombros da paixão, voltei!
Dos escombros da paixão, voltei!
E dos sonhos, com tal arte, retornei!
Sou seresteira da lua, infeliz...
Da existência e dos erros, aprendiz!
Buscando, em cada gesto, inspiração!
Nas asas da sutil imaginação!
Na real e soturna nostalgia
Nos momentos raros de alegria,
Que a mão, vez ou outra me conduz!
Eu enceto os resquícios desta luz
Que, momentaneamente, me seduz
Para compor meus versos de Poesia!
De meu corpo, a sensualidade,
Do confuso coração, a saudade
Fui recolhendo as gotas do Amor!
Que, cruel, veio e se foi um dia
E, sua marca, deixou-me a abulia
E ouso os inúteis versos compor!