Até, próprio inferno
Aqui nos despedimos,
Desintegra-se em você aos poucos;
Abraça-o como se fosse em novela;
Pede último beijo, aparenta sufoco;
Não obtém, é trancado, então, na cela.
Trancafia-se o seu próprio inferno;
Ao deixar de ser controlado por seus desejos;
Passando a viver e de subalterno;
volta a ser chefe de si, gozando seus ensejos.
Observo-o consumindo-se sem seu hospedeiro,
Implorando-lhe, intentando ser você;
Para que possa torná-lo templo vazio;
E com o tempo vir a retomar seu viver.
Fazendo conquistas tornarem-se rios;
De lamentações que se consomem em você;
Tornando-o levante que não tem mais brilho.