Te Amo Mariana
Lá fora distante na serra, os animais estão ocultos entre as pedras, no silêncio, na penumbra de sombras vivas.
O que pensar deste sol na natureza selvagem da cidade barulhenta? Em que todos vão pra casa no embrenhado da serra. Meu amor, meu doce amor, que em cima dos córregos flutua e dorme como sereia depois da ressaca doce de águas.
É forte, muito forte essa folha dos pés de mamão e as lagartas dançam, como se os amigos dos homens fugissem de assombro da cachaça nova e deliciosamente antiga.
Vamos adentrar as serras, as serras de plena altura dos céus, e no ar um urubu fuma cachimbo, esquecendo que é canceroso, coitado, não sabe que és morto.
Volta meu amor, e me diz se sou bonito? Eles se foram, mas não compraram mais pão de fungos, fungos venenosos. Paguemos a farmácia, paguemos a farmácia, e depois beberemos do suco das folhas cheias de orvalho.
Vem chuva, as nuvens estão vermelhas, e as gotas soltam sangue, sangue misturados com carne de macacos, sangue misturado com fetos de boto. Pobres homens não sabem mais o que fazer pra luz do sítio lá distante fulgure nos meus lábios de virgem. Os mosquitos fazem reuniões debaixo das gramas, e brigam com as sem teto das minhocas. Na serra verde de encantos e belezas, na serra verde de mata espessa ladra uma raposa doida, na serra verde morto um pobre Galo-Campina canta seu ultimo adeus, adeus ó mulheres, adeus.
Aqui chega o fim, o fim torto da luz que tudo pouco ilumina. A paz dos jardins de fadas nuas faz os duendes morrerem de paixões, e a serra que antes era serra, se tornou relva de verde humilde e rico. Vamos sorrir? Sorrir muito, até se aproximar a aurora do tempo. . . E depois de uma bebida quente vomitemos até o amanhecer, até o amanhecer dos insanos.
As sombras, aqui há sombras de finos encantamentos, e depois as donzelas serão unidas no meu amor, ó donzelas, donzelas embriagadas de carinhos me perdoem se eu um dia partir, mas é hora de dizer palavras de paz, e não de minhas guerras internas. Vamos? Andar pela estrada negra do asfalto esburacado, e pelo governo das nações emergentes sair gritando, pois nesta besteira toda de política, só nos restará o abandono dos hipócritas.
Sonhemos com a serra, sonhemos, ela está lá, longe, perto, tépida e esdrúxula. O sol voltará mesmo não havendo arte, o sol voltará mesmo não existindo amor. Pois na loucura de Adão, brinquemos com as Eva. Ó Eva, minha Eva, ajuda-me porque sem mais poesia tudo terminará em suicídios de índios extintos pelo egoísmo. . . Te amo Mariana.
I LOVE MARIANA:
Outside away in the hills, the animals are hidden among the rocks, in silence, in the shadows of living shadows.
What to make of this sun in the wild nature of the noisy city? Where all go home engrossed in the mountain. My love, my sweet love, which floats on top of streams and sleeps like mermaid after the sweet waters hangover.
It is strong, very strong that sheet of papaya feet and caterpillars dance, as if startled fled friends of the men of the new and deliciously old rum.
We enter the mountains, the full height of mountains of heaven, and in the air a vulture smokes a pipe, forgetting that it is cancerous, poor man, do not know you're dead.
Back my love, and tell me if I'm beautiful? They were, but did not buy more bread mold, poisonous fungi. We pay the pharmacy, we pay the pharmacy, then we drink the juice of the leaves filled with dew.
Come rain, the clouds are red, and the drops loosen blood, blood mixed with meat of monkeys, blood mixed with dolphin fetuses. Poor men do not know what else to do to light the distant site fulgure there on my virgin lips. Mosquitoes hold meetings under grasses, and fight with the homeless of earthworms. In the green hills of charms and beauties, in the green hills of thick thief kills a mad fox in the green hills killed a poor Cock-Campina sings his last goodbye, goodbye O women, goodbye.
Here comes the end, the end of the crooked little light that illuminates everything. Peace of naked fairies gardens makes them die elves passions, and the mountain was once saw, became humble grass and rich green. Let's smile? Smile a lot, until you approach the dawn of time. . . And after a hot drink vomitemos until dawn, to the dawn of the insane.
The shadows, here shadows of fine enchantments, then the maidens will be joined in my love, O maidens, drunken maidens of affection forgive me if I ever leave, but it's time to say words of peace, and not of my internal wars. Come On? Walking the black bumpy asphalt road, and the government of emerging nations out screaming because this policy all bullshit, just remain in the abandonment of hypocrites.
Let us dream with the saw, let us dream, it is there, far, close, warm and bizarre. The sun will even without art, the sun will even in the absence love. For the foolishness of Adam, we push with Eva. Eva O, my Eva, help me because without more poetry all end in Indian suicides extinct by selfishness. . . I Love Mariana.