Olá, próprio inferno
Bate em sua porta de dentro para fora;
Diz querer entrar onde já habita;
Estrondoso é, enquanto corrobora;
Ser de todo homem, criação maldita.
Cria-se seu próprio inferno;
Ao ser devorado por seu desespero;
Ainda que ele torne-se externo;
Volta a ser interno ao cometer um erro.
Alimentando-se, intentando tudo consumir;
Para que sua vontade possa controlar;
Resultando em dentro de si persistir;
Alterando o que é, tomando seu lugar;
Mediante captura da vontade de existir;
Fazendo-o estar vivo apenas a penar.