um apelo solto no vento...

mesmo que a noite se acovarda

querendo um sol desperto

impedindo o sossego.

mesmo que as paredes permitam

aberturas às fugas fugazes

labirínticas

com inclinações sem corrimões

... mesmo que as palavras se dissipem

num mar órfão de promontórios

ou ilhas

deixando tuas/minhas viagens

sempre à deriva

... toca-me com teu pensamento

desprendendo-me das teias

cede-me um voo

ambicionado

de orlas e dunas

onde possa

desaguar meus

trôpegos desejos

embriagada

da mesma lua

que vigia nossas loucuras

em clausuras

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 16/06/2015
Código do texto: T5279056
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