um apelo solto no vento...
mesmo que a noite se acovarda
querendo um sol desperto
impedindo o sossego.
mesmo que as paredes permitam
aberturas às fugas fugazes
labirínticas
com inclinações sem corrimões
... mesmo que as palavras se dissipem
num mar órfão de promontórios
ou ilhas
deixando tuas/minhas viagens
sempre à deriva
... toca-me com teu pensamento
desprendendo-me das teias
cede-me um voo
ambicionado
de orlas e dunas
onde possa
desaguar meus
trôpegos desejos
embriagada
da mesma lua
que vigia nossas loucuras
em clausuras