poesia morta

sou poesia morta pelo tempo

tragada com a fumaça de um cigarro levada pelo vento

sobrevivente por um simples sentimento

de inverno, de primavera ,ou verão , sobretudo de momento

manchada por lagrimas de um homem em arrependimento

em uma folha rasgada por raiva ou desdenho

escrita por razões que ainda não entendo

pelas mãos calejadas do poeta de bar , seu drink bebendo

queimando pela garganta o whiskey desce arranhando

pela amargura da velhice lhe corroendo

decidiu-se por algumas palavras e um copo á continuar vivendo

por aquele amor de muito tempo sentia seu peito doendo

na sua cabeça apenas um rascunho , um emaranhado

e viver sem aquele amor seria o mesmo que acabar morrendo .

mas das coisas que ainda não entendo , tempo ,

sempre foi o principal elemento

por quanto tempo o poeta aguentara esperando ? .

e a outra metade do papel , será que tem alguêm o lendo ? .

ou sera que foi amassada ?. pisoteada ?. poesia de significado tão lindo

pisoteado nas calcadas que fim horrendo

ao poeta só resta um coração, e um caminho ao sofrimento

da perda ,a dor da cicatriz, a dor de um ferimento

e as palavras repolsaram em velho livro de capa dura pigmentado pelo triste encerramento .

ainda assim as flores da primavera continuam sorrindo

e lindamente florindo , colorindo

o rosto do poeta moribundo .

leandro egidio
Enviado por leandro egidio em 09/06/2015
Código do texto: T5271854
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.