Pouco Ciumenta.
Sou pedra do vento de uma estrada,
caída, jogada e pouco ciumenta,
Alagada pelas lamas nostálgicas.
No juízo do tempo fui transformada.
Basta-me que o perceber é universo,
Tão escuro de tempestades negras,
Aliciando as cores adjuntas,
Sobre todo o deserto inaudito.
Venho úmida, pálida nos lábios,
Sonhadora, perdida, sem limites;
Acalmando o meu coração descrente.
Avesso da solidão em ostentações,
Suspiro à minha nostalgia,
E de juízo, me julgo tão sozinha.