Pouco Ciumenta.

Sou pedra do vento de uma estrada,

caída, jogada e pouco ciumenta,

Alagada pelas lamas nostálgicas.

No juízo do tempo fui transformada.

Basta-me que o perceber é universo,

Tão escuro de tempestades negras,

Aliciando as cores adjuntas,

Sobre todo o deserto inaudito.

Venho úmida, pálida nos lábios,

Sonhadora, perdida, sem limites;

Acalmando o meu coração descrente.

Avesso da solidão em ostentações,

Suspiro à minha nostalgia,

E de juízo, me julgo tão sozinha.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 30/05/2015
Código do texto: T5260219
Classificação de conteúdo: seguro