Pânico pelos poros

Não vejo meus olhos no espelho

Minha face é pálida, sem cor

Transpiro pânico pelos poros

Há um medo dessa gente, que não

quero vê-las

Disfarço-me entre elas

passo despercebida e meu grito, cala-se

Quem são esses seres? Quem sou?

Não olho-me mais nesse espelho

Não quero ver-me

Esqueço-me dessa vida insignificante que

muitos levam

Continuo minhas drágeas para apagar

para não pensar

A cabeça lateja, durmo sem dormir

Pulo da cama na madrugada fria

Fumo mais um cigarro, dois

Alivia-me te-los

Não quero ver-te dia

Sou da noite, do aconchego do meu quarto

onde não vejo vocês que fazem mal

Agora vejo meus olhos, minha face voltou a cor...

Escrevi ouvindo: Alanis Morissette - Uninvited

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 22/05/2015
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