Ozônio
Estive morto nos últimos dias,
a alma inerte,
o coração era apenas músculo.
Agora tudo que tenho é estrada
hostil, débil e vulgar.
Na maleta, um velho casaco,
um maço de cigarros meio cheio... Ou meio vazio?
Um caderno velho, Wilde e Kerouac.
E na cabeça, uma canção de Leonard Cohen
O ar é úmido e o silêncio é ozônio para o meu sangue.
Não há placas, mas estou apenas indo, flutuando por aí.
Estou vivo.
Estou viajando.
Estou caçando loucos.