NO AVESSO DAS HORAS
Poeta roto,
Desarranjo, anjo torto,
Porto sem mar.
Canto desafinado,
Campo minado,
Desencantado olhar.
Não sei o que faço,
Com esse eu em pedaços,
Esse passo sem harmonia.
Alma que delira,
Diz: - o amor é mentira,
Pira apagada, embaçada utopia.
Nessa agonia que me tece,
Ninguém aparece,
Clamo, porém, em vão.
No avesso das horas,
A loucura aflora,
E devora a frágil razão.
Faz de mim seu templo,
Não há como oferecer reação,
...É questão de tempo.
Poeta roto,
Desarranjo, anjo torto,
Porto sem mar.
Canto desafinado,
Campo minado,
Desencantado olhar.
Não sei o que faço,
Com esse eu em pedaços,
Esse passo sem harmonia.
Alma que delira,
Diz: - o amor é mentira,
Pira apagada, embaçada utopia.
Nessa agonia que me tece,
Ninguém aparece,
Clamo, porém, em vão.
No avesso das horas,
A loucura aflora,
E devora a frágil razão.
Faz de mim seu templo,
Não há como oferecer reação,
...É questão de tempo.