Incerto!
E há aqueles dias que os olhos enxergam o fato
Vê que criam boatos que se espalham em mãos maldosas
Descobre que no fundo tudo é lenda, faz de conta
e seres tornam-se hostis, sem pensar no outro lado, ficam cegos,
exageram no aperto do laço e se equivocam...
Dias que se repetem os mesmos hábitos, se caí na rotina
Se ignora o verdadeiro fato, o que se quer, e não se arrisca
Deixa tudo cair por água abaixo, os deslizes tomam forma de volta
Morro despenca por excesso de água, tudo ou é por muito ou
por falta... Chove demais ou nada chove...
E os dias seguem, os olhos enxergam, muito observa
Sorrisos fáceis em lábios frios, palavras doces de quem quer te
afogar no rio
Dias com sol gelado, noites sem aconchego
Tudo perde-se em sucatas, no sereno da madrugada
Onde o Tudo pode tornar-se Nada e o Nada... Incerto!