Incerto!

E há aqueles dias que os olhos enxergam o fato

Vê que criam boatos que se espalham em mãos maldosas

Descobre que no fundo tudo é lenda, faz de conta

e seres tornam-se hostis, sem pensar no outro lado, ficam cegos,

exageram no aperto do laço e se equivocam...

Dias que se repetem os mesmos hábitos, se caí na rotina

Se ignora o verdadeiro fato, o que se quer, e não se arrisca

Deixa tudo cair por água abaixo, os deslizes tomam forma de volta

Morro despenca por excesso de água, tudo ou é por muito ou

por falta... Chove demais ou nada chove...

E os dias seguem, os olhos enxergam, muito observa

Sorrisos fáceis em lábios frios, palavras doces de quem quer te

afogar no rio

Dias com sol gelado, noites sem aconchego

Tudo perde-se em sucatas, no sereno da madrugada

Onde o Tudo pode tornar-se Nada e o Nada... Incerto!

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 06/04/2015
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