PROCURO A MINHA POESIA

Procuro a minha poesia,

Parece que se esconde nas esquinas,

Vivendo uma vida bandida,

Não querendo trabalhar,

Bebendo e dançando,

Numa noite de luar.

Quando ela aparece,

Com desculpa de,

Vê se me esquece,

Ela vem sorrateira,

Falando asneiras,

Dizendo me amar.

Rabisca o papel,

Descobre o véu,

Escreve uma canção de ninar,

Cheiro das Rosas,

Numa linda prosa,

Que me faz emocionar.

Ás vezes faceira,

Sem eira nem beira,

Faz-me confessar,

Entre versos e rimas

Sigo a minha sina,

E não deixo de amar.

Falo da minha paixão,

Coisas do coração,

Desnudo a minha alma,

Que me faz declamar,

Poeta sem a poesia,

É o mesmo que rio sem o mar... ‘

José do Carmo
Enviado por José do Carmo em 24/03/2015
Código do texto: T5181546
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