Poema Das Gritarias

Uma xícara de chá!...
Fumaças-cigarros-verdes
Na tarde-luz-do-meu-dia
Lembrei de toda uma vida.

(Mas nada superaria
Aquele poema escrito
No meio das gritarias!)

Olhava para a porta
Aquela luz-forte-do-dia...
De presente natureza morta
Eu... Eu olhava para a porta
E a porta não me sorria!...

Esse caos sujo e lotado
Envolto em muita agonia
Lembra os nossos erros
E as nossas frustrações
O erro nos persegue:
Nossa apatia humana
Não volta, só segue!...

Em guerra povo aniquilado
Em terra povo escravizado
Bilhões de corações
Um jogo injustiçado...

A Elite e a Miséria:
O eterno conflito pelo conforto
A justiça vencida pela corrida!...
Um navio ancorado no cais do porto.
O cargueiro é a porta para essa vida
A justiça é conquistada pelo confronto
Dos que vão até o fim pela saída!
Não fomos mortos, somos vivos! Viva!

Tenho problemas respiratórios
Eu passo o meu dia tossindo.
Esse ar que nós respiramos, poluído

Bom!
Só mesmo uma xícara de chá...
(Fumaça dos cigarros verdes)
Dia de praia, no carnaval, bah!
É muita sede! É muita sede...

Muita vontade pra pouca vida
Telefones; pães com mortadela
Toda medalha eu conquistaria
Quem?!? Me diz, quem diria?!?
Quem diria, eu e ela?!...

Mas sei que nada superaria
Aquele poema escrito
No meio das gritarias!
Holofote Cerebral
Enviado por Holofote Cerebral em 20/03/2015
Reeditado em 29/04/2015
Código do texto: T5177060
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