Sem interrogações
Quem sabe seja a autoestima um egocentrismo comportado
Talvez, quem sabe, a paixão seja um surto focado
Pode ser o desprezo a reação do apreço desperdiçado
O amor seria então mão única do apaixonado
Pois se se impõe condição seus dias estarão contados
Seria o verso em questão dispensável de ser pensado
Erro de interpretação dos sentimentos listados
Algo como a confusão de quem como eu calado
Tira e escreve conclusões sem entender do riscado
Para chamar a atenção por não ter ninguém ao lado
Isso de verso-questão como perguntas num quadro
É um caso de distorção de um assunto esgotado
Ou será que a solidão deixa alguém descompensado
Versando sobre a questão do que é sempre lhe negado
Que na verdade é o peão do assunto abordado
Chega dessa confusão de particípio passado
De sufixos “ado” de “ão” de amores e pecados
Se quem vive de razão em geral é desconfiado
Não reconhece a visão dos românticos inveterados
Como se a concepção dispensasse o emocionado