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TROCA
Eu tenho uma vira lata, ô porre!
Virou o meu bicho de estimação,
É de veneta, de fome até morre,
Mas ela não come a tal de ração.
Já ia almoçar e abri uma cerveja,
Assim eu caí numa boa esparrela...
Pensei, e ela vai ficar no ora veja?
Fui lá e troquei meu prato com ela.
Deixei para ela minha boa comida
Agindo movido pelo bom coração.
Coma o meu rango sua pet fingida
Vou comer esta sua gostosa ração.
A cerveja eu tomei um copo cheio,
Pus na boca um punhado de caroço...
Mastiguei aquilo, não tinha recheio,
Cuspi fora e desisti daquele almoço.
Voltei correndo no canil da cadela,
Pra desfazer aquele troço absurdo...
Não deu pra desfazer a troca com ela,
A danadinha já tinha comido é tudo.
Agora acho que ela tem toda razão...
E para eu zelar pelo meu bom nome,
Nunca mais eu vou comer sua ração
Prefiro mesmo ficar com esta fome.
E para não ter mais de bancar o pato
E acabar logo com esta tal ladainha...
Eu vou passar a dividir o meu prato,
Com minha tão preciosa vira latinha.
Espero poder ver meu Brasil melhorar
Porque a inflação já virou um castigo,
Já pensou o rango não poder comprar
E a pet quiser dividir a ração comigo?
À poetisa Lucineide deixou uma linmda interação e eu agradeço muito este mimo.
Um dia um louco poeta
Trocou sua refeição
Com sua cadela esperta
Que não comia ração
Seu dono ficou pateta
Quando fez a mastigação
A cadela fazia dieta
O rango era uma negação.Lu