Na estepe a cochilar.
Numa espécie de velocidade silenciada
aguardo uma alcateia passar.
No varal do alpendre começado,
vejo sozinho um menino cochilar.
Pobre garoto,
que não tem amigos para brincar.
Aguarda a alcateia chegar.
Há um lobo da estepe
em cada quarteirão.
Há um homem que aguarda
em cada estação.
Há um menino que guarda
no seu coração.