Se eu não parar falar.
E se eu for poeta
Largo a maquina de sustento
Se desejar me moldar
Vivo na eterna adolescência
Se minha orelha não se fechar
Se me cabelo não cortar
Vivo na eterna adolescência?
Se minha pele eu rabiscar, e nela desenhar.
Se meu corpo se furar
E jamais transbordar?
Se meu sorriso, jamais se fechar?
Se minha alma não aguentar
Ela pode estourar?
Se você deixar de me notar
Eu posso te desenhar?
Se a chuva deixar de cair
Eu posso te tocar?
Se eu fechar os olhos
Posso te enxergar
Se eu tirar os óculos
Posso te imaginar
Posso te sentir, desejar, esperar.