Das Insanas profanações da minha mente

Das Insanas profanações da minha mente

O opróbrio de minhas divagações

Profanando a pureza de minha alma

Sórdida digressão de reais intenções

Requintes de crueldade que acalma

Desejo inexplicável pelo visco e odor

Rubro, vertiginoso, luxúria tão atraente

Crime? Assassino de meu pudor

Laudo... Perturbado, insano e doente

Sob o sorriso gélido e cálido acalento

Perverso desejo pelo obscuro renasce

Lâminas, agulhas, dor em processo lento

Moral, imoral... mente em impasse

Quanto ao ulular perante a morte

Decadente poeta embriagado

Divagando, lançado a própria sorte

Tem seu próprio viver embargado

Vítima de sua própria decadência

Láudano, vinho, corpo torpe desfalece

Sem jamais saber o que é inocência

Sem pedir clemência em uma prece

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 12/01/2015
Código do texto: T5098981
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