Das Insanas profanações da minha mente
Das Insanas profanações da minha mente
O opróbrio de minhas divagações
Profanando a pureza de minha alma
Sórdida digressão de reais intenções
Requintes de crueldade que acalma
Desejo inexplicável pelo visco e odor
Rubro, vertiginoso, luxúria tão atraente
Crime? Assassino de meu pudor
Laudo... Perturbado, insano e doente
Sob o sorriso gélido e cálido acalento
Perverso desejo pelo obscuro renasce
Lâminas, agulhas, dor em processo lento
Moral, imoral... mente em impasse
Quanto ao ulular perante a morte
Decadente poeta embriagado
Divagando, lançado a própria sorte
Tem seu próprio viver embargado
Vítima de sua própria decadência
Láudano, vinho, corpo torpe desfalece
Sem jamais saber o que é inocência
Sem pedir clemência em uma prece
Eduardo Benetti