CÃES SOCIAIS.

CÃES SOCIAIS.

E na mansão da minha estrebaria mental

Vejo nossa predisponência à vã doutrinação

Uma raça pura de doenças e rica de preguiça

Onde a sensatez e a verdade têm sua impérvia.

Temos os bens do saber, adoçado com sal!

E é nessa hora que uso o palavrão como uma oração.

Crêem em ditados, e o preconceito tem sua missa

Sua fanática, à sua moda, e alienada turba protérvia

Enfim,... Todos, nós, usamos coleiras!

Somos os hidrofóbicos cães de uma sociedade

Que quer nos ensinar como devemos pensar

E de como devamos fazer do insulto, um argumento.

Num caos onde as razão e consciência andam solteiras

Firma o cartório da arrogância a sua insalubridade

O seu modo triste e bárbaro de aprender a amar,...

Onde o futuro te espera como um animal ao adestramento

Num quociente de inteligência sem memória

Que te foi amnésico nas literaturas da gentileza

Pois o pedagogo que te moldou como alteza

Foi a sua própria involução à pré-história.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 25/12/2014
Código do texto: T5080854
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