POEMA MODERNO II
POEMA MODERNO II
kkkk solto o meu grito de hiena
Quando estourou u'a ponte de safena
Do meu peito gordo parecendo um porco
Que rola na lama dos meus vis aurículos.
O médico disse amarás bem pouco
Nunca ultrapasse a ponte com passadas largas
Pois cairás em águas tão profundas
E numa fenda morrerás, ó louco.
Teimei...levei meu barco para o oceano
Que alguns chamam sujo, bem profano
Afoguei-me nas vísceras destas águas turvas
Mas que gosto e navego em todas as suas curvas.
Numa dessas curvas num balançar intenso
Fui lançando âncoras para as águas quentes
E começaram a me tremer os dentes
Tirei a venda dos olhos, o meu branco lenço.
A vista foi turvando, o sorriso sumindo
Num arfar de peitos, todos já desfeitos
Pela velhice frívola que estava saindo
Parece que morri com todos os defeitos.