Confusões da mente

Virei um vírus de mim

Meus anticorpos não me aceitam

Minhas idéias me rejeitam

Sufocam pedaços do meu ser

Travam batalhas sangrentas

Prendem iniciativas

Iniciam torturas

Promovem golpes baixos nas partes altas

Confundem minhas hemácias

Desagregam meus elos de lógica

Atingem-se como em autoflagelo

Esticam a corda dos planos

Causam curtos nos neurônios

Empacam a engrenagem

Entre a racionalização e a coragem

Dão ordens de parar

Mas não param de estimular

Apagam as luzes das saídas

Mas abrem as portas da avenida

Tumultuam-se mutuamente

Boicotam-se inclementes

E se dizem inocentes