De mórbida natureza
Com os olhos fechados,
Finda-se o horizonte,
O escuro profundo brota,
E a introspecção me consome,
A respiração,
O único som corrente,
Torna onipresente o que nunca foi ausente,
Imagens retorcidas,
Retalhos da realidade,
Formam uma imagem insólita,
E destroem o que resta de minha sanidade,
Um santo, um demônio, não sei...
Não há um para me julgar,
Quando o leque de almas destruídas é incontável,
No entanto,
Se o incauto ousar,
Pode, de um inferno espiritual, nunca se livrar,
Eu vejo o que ninguém vê,
A lepra ambulante,
Que adoça minha mente,
E motiva a decadência constante,
Conceber-me,
Pode tentar,
Mas o processo há de te consumir,
E quando sua hora chegar,
Nem Deus, Nem o Diabo vão te ouvir.