Companheiro escravo
Não te amo menos meu violão
Quando me surpreendes e ascendes em outras mãos
Tu, que comigo te limitas a harmonias pífias
Em mãos alheias incendeias livre dos meus vícios
Mas, meu companheiro que nunca reclama
Como irei pra cama sem te dedilhar
Traição em nome de ter mais nobreza
É contraditório, mas dá pra se explicar
A essa altura, essa minha culpa
Que te dá parcela do que me é total
Que te considera parte da desculpa
Que parece mais que somos um casal
Pede-te perdão por tanto desse abuso
Por anos de mau uso, escravo que és de mim
E estas vinganças que tens tão fortuitas
Pouca gente escuta que me afeta assim