UM POETA VULCANO
As palavras parecem que se acabaram
São esgotáveis diante minhas inspirações
Ou, quem sabe, foram superadas pelo o que preciso dizer...
Talvez eu não queira falar, e por isso não as encontre mais.
No paradigma da folha branca que cala
quando maculada por minha poesia
Nada diz quando preenchida...
Ah! Mal sabe quem me ler
Que melhor pode me descrever a folha vazia!
A voz nada diz que eu não saiba, para mim, volta feito eco...
Torno-me enamorado de minha dor então...
Enamorado de minha maestria no declarar de meu amor...
Torno-me meu próprio guia, e só minha é a poesia
Egocêntrico, sou de mim mesmo, professor!
O que, então, poderia dizer?
Que a sagrada inspiração tornou-se inação
Pois o poeta, letargo tornou-se diante si mesmo
um grande apaixonado!
Antes prisioneiro, hoje liberto já não sabe o que é liberdade...
Nunca foram paredes...
Prisão, nunca foi o pesadelo do alheio
Quando livre da torre, viu-se preso em si mesmo.
Por que dizer?
Tudo de mim já sei e escrever é a carente parte humana
que precisa do amigo que estenda a mão
que te escute calado, o que em alma jaz sufocado...
Mas verdade é que o poeta não tem amigos
Nem ombros
Nem amores
O poeta somente tem os seus pendores
O dom de confessar ao papel
Em verso medido, torto, conto ou cordel
Pois o papel não fala, não julga, apenas abraça e escuta!
Então a dor em arte se disfarça
a alegria torna-se liricamente exagerada...
e se a felicidade existisse...
Não existiriam contos de fadas
e poetas seriam portas... Para o nada...
Por tudo ser tão desmedido
na balança do obscuro
é que o poeta é uma porta aberta
para todos e para tudo...
-Há quem diga que não sinto
mas, eu que não minto, digo
Por tanto sentir, prefiro, nesse caso
Ser frio como aço e mentir!
As palavras parecem que se acabaram
São esgotáveis diante minhas inspirações
Ou, quem sabe, foram superadas pelo o que preciso dizer...
Talvez eu não queira falar, e por isso não as encontre mais.
No paradigma da folha branca que cala
quando maculada por minha poesia
Nada diz quando preenchida...
Ah! Mal sabe quem me ler
Que melhor pode me descrever a folha vazia!
A voz nada diz que eu não saiba, para mim, volta feito eco...
Torno-me enamorado de minha dor então...
Enamorado de minha maestria no declarar de meu amor...
Torno-me meu próprio guia, e só minha é a poesia
Egocêntrico, sou de mim mesmo, professor!
O que, então, poderia dizer?
Que a sagrada inspiração tornou-se inação
Pois o poeta, letargo tornou-se diante si mesmo
um grande apaixonado!
Antes prisioneiro, hoje liberto já não sabe o que é liberdade...
Nunca foram paredes...
Prisão, nunca foi o pesadelo do alheio
Quando livre da torre, viu-se preso em si mesmo.
Por que dizer?
Tudo de mim já sei e escrever é a carente parte humana
que precisa do amigo que estenda a mão
que te escute calado, o que em alma jaz sufocado...
Mas verdade é que o poeta não tem amigos
Nem ombros
Nem amores
O poeta somente tem os seus pendores
O dom de confessar ao papel
Em verso medido, torto, conto ou cordel
Pois o papel não fala, não julga, apenas abraça e escuta!
Então a dor em arte se disfarça
a alegria torna-se liricamente exagerada...
e se a felicidade existisse...
Não existiriam contos de fadas
e poetas seriam portas... Para o nada...
Por tudo ser tão desmedido
na balança do obscuro
é que o poeta é uma porta aberta
para todos e para tudo...
-Há quem diga que não sinto
mas, eu que não minto, digo
Por tanto sentir, prefiro, nesse caso
Ser frio como aço e mentir!