POEMA - 10

MULHER, TU ATEIA FOGO na minh’alma;

A tua sensualidade incendeia a minha carne

Quando te insinuas no andar; no falar_

Creio que os teus desejos são tantos

Que talvez não haja números para somá-los,

De tão numerosos que escapam ao controle...

Ainda hoje posso sentir a carne arder

Com volúpias excitantes fustigando o corpo...

Lembranças invadem o momento de agora,

Então, me vejo como um alvo indefeso:

O rosto ganha rugas adulterando a jovialidade

Pelos anos que vão passando, ficando remotos.

Não me roubem a tranqüilidade,

Disponho-me a reivindicar o meu isolamento!

Às vezes prefiro ficar só com uma boa dose de cafeína,

Creio que nos entendemos muito bem, dependo disso...

Certas dissonâncias maltratam o meu pensar...

Minha vista cada vez mais se torna escura...

Como um demônio tu surges para atormentar-me_

Não tenho forças para fugir de tal tentação;

Não me obrigo a resistir esses desejos atormentadores,

Entrego-me ao carrasco que chamo de ilusão...

Desamparado eu me encontro de tudo e de todos_

Talvez a morte queira acariciar o meu rosto ainda lúcido!

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 04/11/2014
Código do texto: T5023493
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